Nesse artigo será explicado uma das extensões das universidades que mais vem causando impacto no ecossistema brasileiro, as empresas juniores.
De acordo com a Lei n° 13.267/16 , as empresas juniores são associações civis, sem fins lucrativos, geridas por estudantes matriculados em cursos de graduação de instituições do ensino superior, com o propósito de realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos associados, capacitando-os para o mercado de trabalho.
Apesar de uma EJ não possuir fins lucrativos, não se deve confundir com a prestação de serviços gratuitos. Essas empresas cobram por seus serviços, e geralmente são preços abaixo do mercado, pois seus membros são voluntários e a empresa é isenta de algumas taxas e custos básicos para seu funcionamento.
Com o valor arrecadado com a execução de seus projetos, há o reinvestimento em educação por parte da empresa, por meio do pagamento de treinamentos, cursos e eventos de capacitação para seus empresários juniores. Além disso, parte desse dinheiro é direcionado para a compra de equipamentos/ferramentas ou para a construção de locais de trabalhos mais adequados e profissionais.
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Como surgiram as empresas juniores?
Quando falamos de EJs, não tem como não falar sobre sua origem. O movimento empresa júnior (MEJ), nasce em 1967 na França, quando um grupo de alunos observaram a necessidade de aplicar seus conhecimentos na prática e sentir como o mercado realmente funcionava. Surge então a primeira empresa júnior.
Desse ponto em diante, o movimento cresce exponencialmente, chegando no Brasil em 1988, e estando hoje presente em todos os estados brasileiros e em todos os continentes do mundo.
Como opera uma empresa júnior?
Essa é uma pergunta bastante frequente e, embora mude um pouco entre as empresas, sua operação é também regida pela Lei n°13.267/16 e alguns aspectos são similares para todas as empresas. Elas possuem uma gestão autônoma diante de qualquer entidade, desde que estejam de acordo com a lei, logo, os alunos são os responsáveis por realizar todas as atividades da empresa, inclusive os serviços que se propuseram.
Tal fato não deve ser motivo de preocupação para o contratante, tendo em vista que todo o trabalho realizado pelos graduandos é orientado e supervisionado por professores e profissionais especializados da área. Permitindo, dessa forma, a execução de projetos de altíssima qualidade, por preços mais acessíveis.
Como ingressar numa empresa júnior?
De início, é necessário que o estudante esteja regularmente matriculado na instituição de ensino superior e no curso de graduação a que a entidade seja vinculada. Tendo cumprido o requisito anterior, o interessado deverá realizar o processo seletivo da empresa, o qual fica disponível em determinados meses do ano (o período varia de empresa para empresa).
Falando mais especificamente do processo seletivo, ele é geralmente inspirado nas empresas seniores e, por isso, possuem fases de dinâmica/testes, entrevistas e processo trainee.
Aqueles que participam de uma empresa júnior tem o diferencial de já ter tido contato com o mercado de trabalho, assim como desenvolvido habilidades empreendedoras que dificilmente seriam obtidas realizando o curso regularmente.
Como contratar uma EJ?
O procedimento para contratá-las é o mesmo que de empresas seniores. É possível realizar o contato por e-mail, Instagram, site ou ainda por ligação.
Geralmente há uma reunião de diagnóstico, a fim de entender a necessidade do cliente e, por fim, há a assinatura do contrato.
Todo esse processo é guiado e feito pelos próprios alunos que compõe a empresa, permitindo ao cliente já saber quem serão as pessoas que trabalharão em seu projeto, assim como promover uma vivência empresarial ao empresário júnior.
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