Desde que a pandemia se iniciou, o Brasil registrou um aumento em cerca de 50% na procura por adoção de animais, segundo dados de ONGs e protetores de animais. Com a ampliação do tempo em casa, as pessoas passaram a procurar cada vez mais por um companheiro de 4 patinhas e, em função disso, surge também demanda de adaptar a casa para oferecer segurança e bem-estar – seja para o pet, seja para o dono. Pensando nisso, no aumento da quantidade de lares com esses bichinhos de estimação, organizamos algumas orientações sobre o que pode ser feito.
Antes de tudo, a organização da casa e o bom adestramento são fatores essenciais para uma boa convivência entre o pet e o seu dono. Uma das primeiras decisões é eleger o espaço para as necessidades fisiológicas, descanso e lazer. Ter em vista essa rotina definida de acordo com o layout da residência e a rotina dos moradores, todo trabalho de ensinar fará com que não aconteçam surpresas com a questão da higiene e bagunças.
Mesmo com essas escolhas, sabemos que o pet, seja um cachorro ou um gato, costuma ter livre acesso a todos os ambientes do imóvel. Por isso, é extremamente importante pensar na facilidade para manutenção do lar, é interessante que todos materiais utilizados, ou a grande maioria, propiciem condições para a lavagem e a higienização constante. Alguns materiais, devido sua composição mais delicada, não se alinham com essa rotina. E vale ressaltar, que essas decisões, se tomadas corretamente, não diminuem em nada a estética do ambiente!
1. Mobiliário
Nos lares em que os pets são habituados aos móveis, o mercado oferece, cada vez mais, opções que não danificam por conta das unhas dos bichanos. Quando um pet frequenta a cama por exemplo, é ideal pensar em tecidos que não puxem fio e não acumulem pelos, além de ser interessante considerar o uso de um protetor impermeável para o colchão. Semelhante a isto, podemos aplicar o mesmo raciocínio no sofá, que deve ser escolhido com materiais mais resistentes como os suedes e ultrasuedes – tecidos produzidos a partir do poliéster e com toque macio que lembra a camurça –, couro, lona e até tecidos impermeáveis. Esses materiais favorecem o processo de limpeza com regularidade.
Mas e para os pets que precisam passar um período em casa sem a presença dos donos? Existem também algumas alternativas. Hoje em dia, a tecnologia é uma aliada nessa convivência, os brinquedos interativos que liberam petiscos a partir da interação por exemplo, permitem que eles gastem energia e não foquem nos elementos da residência. Uma outra recomendação que também pode ocorrer é a instalação de câmeras, permitindo que o morador possa acompanhar a movimentação dos bichinhos, mesmos distantes do lar.
2. Segurança
Para um cachorro adulto de maior porte, escadas podem não ser uma grande problemática. Em contrapartida, quando se trata de cães com idade avançada e pequeno porte, a estrutura pode ser um aspecto muito sério. Enquanto cachorros mais velhos são acometidos por problemas referentes à própria idade, os menores, mesmo jovens, podem desenvolver disfunções nas articulações se os obstáculos forem desproporcionais ao tamanho do pet. Neste caso, rampas sólidas de madeira revestidas com borracha podem ser boas opções, permitindo a locomoção do pet entre os diferentes andares. Além das escadas, as rampas são indicadas para os pets subirem e descerem de camas e sofás. Para os bichanos, pode-se criar prateleiras que os convidam a escalar e explorar a casa.
Para as mães e pais de gato, é importante instalar redes de proteção em janelas e varandas, com guarda-corpo vazado e janelas com peitoril baixo também podem ser perigosas para cachorros. Com um olhar mais atento, recomenda-se ainda, deixar fora do alcance e em local fechado, produtos de limpeza e medicamentos.
Recomendações não menos preciosas, vale lembrar que objetos pequenos e pontiagudos que possam ser ingeridos e fiações expostas podem também ser letais/fatais para os bichinhos. Quando falamos dos resíduos, o lixo, é interessante que a área seja mais reservada, afastando a possibilidade do animal, por seu instinto, mexer e engolir algo que faça mal. E ainda, para quem cuida de pets e plantas, o mais aconselhável é deixa-las distante do acesso, já que algumas espécies causam intoxicação.
3. Bem-estar e saúde
Na temática quanto ao bem-estar é preciso verificar se existem perigos para o seu pet no lar. Questões como o revestimento utilizado no piso, até a altura do sofá e da cama devem ser analisados. Um piso muito escorregadio pode causar doenças osteoarticulares aos cachorros, por isso dê preferência a pisos resistentes! Os pisos vinílicos e as cerâmicas e os porcelanatos são mais fáceis de limpar, mais frescos em dias quentes e mais resistentes, pois não absorvem a urina do animal. Ambos não deixam nada a dever, já que a ambientação nos oferece infinitas possibilidades de acabamento.
Porém quando falamos de acabamentos, é interessante observar se os selecionados não evidenciarão os pelos, que invariavelmente, ficam soltos pelas dependências da casa. Quando pensamos nas paredes, a preferência é por tintas laváveis na área reservada para os pets, e no caso de papel de parede, opte por versões vinílicas.
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